07/08/2008

Certeza

Estava aqui, na minha visita diária, e passei por aqui, onde li uma coisa que mexeu comigo: "Nada é mais frustrante do que abrir mão de um desejo ou não lutar por ele. Nada."(Ticcia)

Sabe, eu já devo ter comentado que a Mãe foi embora quando eu tinha 13. Entre tantas lembranças, duas mexem mesmo comigo: que ela chorava escondida toda virada de ano, e que sempre reclamava da mania que as pessoas têm de dizer, entre suspiros: "eu era feliz e não sabia", ou "e se eu tivesse...", como se nunca se dessem por satisfeitas com suas escolhas.

No aniversário de quinze anos, junto com o meu primeiro cd (do Paul Mccartney- mas isso é assunto para outra hora) ganhei um cartão, que marcou muito a minha vida. Quem deu o cartão foi um amigo de meu pai que acabou enlouquecendo anos depois.
No cartão, entre outras coisas, dizia: "... quando estiver frente à uma decisão, tome-a tão sabiamento quanto puder, e depois esqueça-a. O momento de certeza absoluta nunca chega".
Isso mexeu tanto comigo, que mesmo 13 anos depois lembro desta frase cada vez que me deparo com uma decisão importante.

Mesmo com essas lembranças todas mantenho essa horrível mania de lembrar do que tive como se fosse melhor do que eu tenho agora, ou pior: sempre cogito de tomei a melhor decisão e penso em como seria se tivesse ido por outro caminho, ou dito outra coisa.

Nesse momento, em que estou em mais uma fase de transição que sei que será para melhor, por vezes tenho que tomar um fôlego e pensar que o momento de certeza absoluta nunca chega, e que tenho que ser feliz agora, e saber agora.

Pois é, fazer o quê, saudade deveria ser meu segundo nome. Gosto de lembrar do passado, guardo tralhas e mais tralhas que não uso, só para sentir o cheiro da poeira de vez em quando e lembrar de um tempo que já passou e em que fui tão feliz.

Nenhum comentário:

Certeza

Estava aqui, na minha visita diária, e passei por aqui, onde li uma coisa que mexeu comigo: "Nada é mais frustrante do que abrir mão de um desejo ou não lutar por ele. Nada."(Ticcia)

Sabe, eu já devo ter comentado que a Mãe foi embora quando eu tinha 13. Entre tantas lembranças, duas mexem mesmo comigo: que ela chorava escondida toda virada de ano, e que sempre reclamava da mania que as pessoas têm de dizer, entre suspiros: "eu era feliz e não sabia", ou "e se eu tivesse...", como se nunca se dessem por satisfeitas com suas escolhas.

No aniversário de quinze anos, junto com o meu primeiro cd (do Paul Mccartney- mas isso é assunto para outra hora) ganhei um cartão, que marcou muito a minha vida. Quem deu o cartão foi um amigo de meu pai que acabou enlouquecendo anos depois.
No cartão, entre outras coisas, dizia: "... quando estiver frente à uma decisão, tome-a tão sabiamento quanto puder, e depois esqueça-a. O momento de certeza absoluta nunca chega".
Isso mexeu tanto comigo, que mesmo 13 anos depois lembro desta frase cada vez que me deparo com uma decisão importante.

Mesmo com essas lembranças todas mantenho essa horrível mania de lembrar do que tive como se fosse melhor do que eu tenho agora, ou pior: sempre cogito de tomei a melhor decisão e penso em como seria se tivesse ido por outro caminho, ou dito outra coisa.

Nesse momento, em que estou em mais uma fase de transição que sei que será para melhor, por vezes tenho que tomar um fôlego e pensar que o momento de certeza absoluta nunca chega, e que tenho que ser feliz agora, e saber agora.

Pois é, fazer o quê, saudade deveria ser meu segundo nome. Gosto de lembrar do passado, guardo tralhas e mais tralhas que não uso, só para sentir o cheiro da poeira de vez em quando e lembrar de um tempo que já passou e em que fui tão feliz.