15/07/2008

Saber e ignorar

Tudo na vida tem dois lados. Tudo.
Pois bem, eu estava pensando sobre os dois lados do saber e ignorar.

Quando eu era criança, fazia de tudo, sem medo. Subia em árvores, andava nos trilhos do trem, descia barrancos em cima de uma singela folha de papelão. Posso dizer que aproveitei a infância, e também posso dizer que sou uma sobrevivente dela, com mais de sessenta pontos espalhados pelo corpo, algumas picadas de insetos e outras cicatrizes.
Porque eu aproveitei tanto? Por que não tinha medo de nada, e ninguém me alertava sobre o perigo.

Eu adoro viajar, e a viagem de carro sempre foi a minha preferida. Pois bem, assim que aprendi a dirigir isso passou a ser uma tortura, mesmo que eu não seja a motorista, fico pisando em um freio imaginário a todo instante (doida!), preocupada com os outros carros e tudo mais. Viajar de carro, para mim, é muito cansativo.

Bem, voltando ao raciocínio inicial: Se eu não soubesse, aproveitaria mais? Sim, sem dúvida. Sabendo, sofro, pois fico tentando adivinhar o que vem a seguir, qual será o próximo risco.
Ignorando, aproveito ao máximo o prazer da viagem, a brisa sobre a árvore. Minha dificuldade é: sinto um prazer tão grande em descobrir como as coisas funcionam que não sei o que me atrai mais.
Anyway, coisas da minha cabeça mesmo.

Só sei que admiro muito aqueles que não cresceram, e que mesmo sabendo dos riscos os correm para aproveitar ao máximo tudo o que a vida oferece. Esse meu auto-controle é que ainda me mata.

imagem daqui

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Saber e ignorar

Tudo na vida tem dois lados. Tudo.
Pois bem, eu estava pensando sobre os dois lados do saber e ignorar.

Quando eu era criança, fazia de tudo, sem medo. Subia em árvores, andava nos trilhos do trem, descia barrancos em cima de uma singela folha de papelão. Posso dizer que aproveitei a infância, e também posso dizer que sou uma sobrevivente dela, com mais de sessenta pontos espalhados pelo corpo, algumas picadas de insetos e outras cicatrizes.
Porque eu aproveitei tanto? Por que não tinha medo de nada, e ninguém me alertava sobre o perigo.

Eu adoro viajar, e a viagem de carro sempre foi a minha preferida. Pois bem, assim que aprendi a dirigir isso passou a ser uma tortura, mesmo que eu não seja a motorista, fico pisando em um freio imaginário a todo instante (doida!), preocupada com os outros carros e tudo mais. Viajar de carro, para mim, é muito cansativo.

Bem, voltando ao raciocínio inicial: Se eu não soubesse, aproveitaria mais? Sim, sem dúvida. Sabendo, sofro, pois fico tentando adivinhar o que vem a seguir, qual será o próximo risco.
Ignorando, aproveito ao máximo o prazer da viagem, a brisa sobre a árvore. Minha dificuldade é: sinto um prazer tão grande em descobrir como as coisas funcionam que não sei o que me atrai mais.
Anyway, coisas da minha cabeça mesmo.

Só sei que admiro muito aqueles que não cresceram, e que mesmo sabendo dos riscos os correm para aproveitar ao máximo tudo o que a vida oferece. Esse meu auto-controle é que ainda me mata.

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